sexta-feira, 30 de novembro de 2007

CATALEPSE: uma nova aposta

«A nossa influência são todos os géneros de música»

São quatro amigos que têm em comum o gosto pela música.

Aquilo que tocam guia-se pelo alternativo. O conceito é criar e experimentar tudo o que há de novo. Nos CATALEPSE o convencional não tem lugar. As sonoridades inovadoras são uma constante.

No que toca a influências, preferem não se prender a um só género musical. Para eles, qualquer estilo, desde que transmita algo de positivo, é bom. Vítor Centeio, baixista, justifica esta opção “fazemos a música, para nós”.

“Preferimos explorar a música noutro sentido, noutros caminhos”, André Miccia, baterista. “O que se pretende é explorar, ao máximo, um ambiente mais amplo para a música”, complementa Jesus Martins, um dos guitarristas dos CATALEPSE.

A banda tem, apenas, um ano. CATALEPSE surgiu, primeiramente, para o título de uma música. "Catalepse vem de um estado chamado catalepsia, em que a pessoa está paralisada, mas a mente está livre e anda por aí. E nós tentamos transmitir isso para a música." Mas, rápido passou para o nome do grupo, visto que “ nós não queríamos que a música fosse, apenas, para ouvir, mas também para absorver “, justifica Jesus Martins.


Na sua, ainda curta, existência os CATALEPSE já têm tido alguma projecção junto do público. “As reacções recebidas, até agora, são positivas! Toda a gente fica maravilhada com os apitos, com o didgeridoo, …” adianta André Lima, guitarrista.

Como projectos futuros, os CATALEPSE tencionam apostar em algo mais ambicioso, visto que agora tudo se tem encaminhado para isso. “Não podemos desperdiçar esta grande oportunidade”, André Lima.

Um dos grandes passos para a banda foi ter sido convidada para abrir o concerto dos 10 anos dos OPEN. Todos concordam que “os OPEN eram uma das bandas com quem mais gostaríamos de tocar. E isso já aconteceu! É uma banda com a qual já tivemos muitas experiências.”

Para este grupo promissor, viver só da música é “um sonho, mas também um grande desafio”. Vítor conclui que “é preciso ser versátil e aproveitar todas as oportunidades”


CATALEPSE: A banda de Casulo

Apesar de banda de garagem, podem ser classificados como uma banda de Casulo – nome dado ao estúdio dos CATALEPSE. É aqui, no Casulo, que todos se reúnem para ensaiar, mas também para conviver.

E é no místico Casulo que fomos recebidos. Aqui, a música foi a anfitriã. Ao entrar na sala, salta à vista o vermelho que cobre as paredes e o tecto. As caixas de ovos nas paredes dão o toque final. Há fotos espalhadas por cada canto. Mas, é a música que dá vida a todo o Casulo.

O facto da banda ter o seu estúdio próprio é “uma mais-valia. Acaba por se criar um ambiente muito familiar”, André Miccia.

Depois de muitas horas de procura e de muitas hipóteses ponderadas para um sítio de ensaio nasce o Casulo. O nome surge pelo facto da sala ter estado abandonada, durante muito tempo. Assim, enquanto estavam a remodelar o local, os insectos eram os convidados de honra.

Insectos já não há, mas a música permanece. E o carinho da Dona Celeste, também. Foi graças a ela, avó de André Lima, que este espaço se tornou uma realidade para a banda. Foi, por tudo isto, que a avó Celeste se tornou a "avó dos CATALEPSE".




CATALEPSE: os elementos

André Lima: guitarra

André Miccia: bateria

Jesus Martins: guitarra

Vítor Centeio: baixo

André Lima: Frequenta o segundo ano de Engenharia Civil no ISEP. No entanto, o seu maior interesse é a música: “Chego a casa, pouso a pasta e pego na guitarra. Não pego na máquina de calcular nem no lápis.”. Não traça planos futuros, preferindo assentar só no presente. Para ele, a banda é o seu actual projecto. Um projecto que está a adorar. Teve, durante muitos anos, aulas de formação musical. Estudou guitarra clássica. Mas, não se prende só à guitarra: “tento experimentar quase tudo!”

André Miccia: Está a terminar um estágio de um curso profissional de informática. Para além dos CATALEPSE, tem outro grupo onde toca saxofone. Também, faz parte de dois grupos de teatro, um dos quais é circense. Futuramente, pretende misturar todos esses projectos. A única condição é que seja “Dentro do mundo do espectáculo e da arte.” Durante três anos, frequentou aulas de guitarra. Depois, aos 14 anos, começou a tocar bateria. E há cerca de dois anos, toca saxofone. Teve, ainda, aulas de percussão na Academia de Música.

Jesus Martins: Este ano, vai fazer dois exames para entrar no curso de Psicologia. No curso gostava de estudar e investigar a componente da música com a arte e, claro está, com a psicologia. “Pretendo desenvolver o significado que a música tem para as pessoas. Pode estar em todo o lado.”

Vítor Centeio: Estuda contrabaixo numa Escola de Música. Pretende seguir o Conservatório, para se formar em contrabaixo clássico e jazz. A música é a sua prioridade: “Até já moldei a minha vida de acordo com isto”.